quinta-feira, 25 de abril de 2013

Avaliação cardiorrespiratória ERGOESPIROMETRIA


          Uma das grandes dúvidas que possuímos, principalmente para aqueles que realizam exercício físico, é saber qual as suas capacidades físicas e como o seu condicionamento físico se encontra.
        Existem diversas maneiras para se realizar uma avaliação física de um aluno. Neste momento iremos abordar o método de Ergoespirometria.
        Através da Ergoespirometria é possível se descobrir o consumo de oxigênio que o aluno tem em repouso e em exercício, a economia de corrida, quanto oxigênio ele inspira e quanto CO2 ele produz através da respiração, o seu VO2 Máximo, o Liminar Anaeróbico e o Aeróbico, sendo que o Limiar Aeróbico é de grande importância para atletas, pois é principalmente em cima deste limiar que se programa os treinamentos.
        Para se realizar este teste é necessário o aparelho Ergoespirometro, sendo possível realizar o teste com o aluno fazendo o exercício em esteira, bicicleta ergonômica ou treinamento de força.
       O teste irá descobrir três parâmetros que a partir deles é possível saber as variáveis que se busca. Os três parâmetros são: Ventilação expirada, CO2 produzido e O2 inspirado.
                Após se obter os três parâmetros será possível ver as seguintes variáveis:
v  VO2: Capacidade de captar transportar e utilizar o oxigênio.
v  VO2 Pico: Consumo máximo de oxigênio sem apresentar um platô.
v  VO2 Máximo: Maior capacidade que o aluno tem de absorver oxigênio.
Durante repouso o aluno terá um consumo de oxigênio menor do que a produção de gás carbônico, com isso ele estará utilizando o sistema lipolítico.
Já em exercício isso irá se inverter, sendo consumido menos oxigênio do que gás carbônico produzido, utilizando desta forma o sistema glicolítico. Nesse momento devido o aluno produzir mais CO2 do que inspirar O2, ele vai acabar sofrendo o processo de fadiga.
No teste realizado em aula, foi realizado na esteira com uma velocidade inicial de 6Km/h, aumentando 1Km/h a cada minuto. Isso será feito até o momento em que o aluno atingir o platô.  Os dados obtidos a partir do teste mostram que ele possuiu um VO2 Máximo de 24ml/Kg/m, e uma taxa de troca gasosa de 1,17.
Imagem retirada dos slides da aula de Aplicações práticas da Fisiologia do Exercício 2013/1

Algumas observações importantes com relação ao teste de ergoespirometria e o VO2 máximo:
v  A fórmula utilizada para descobrir a taxa de troca gasosa é R= VCO2/VO2
v  A taxa de troca gasosa em atletas vária entre 1,25 e 1,30. Eles conseguem suportar um período grande com esta grande produção de CO2 pois possuem uma capacidade para suportar a dor e uma força muscular muito grande.

Aluno realizando o teste

Referências:

                Neto T. et al. APLICAÇÕES PRÁTICAS DA ERGOESPIROMETRIA  NO ATLETA. Rev. Soc. Cardiol. Estado de São Paulo, vol. 11, nº 3 –695-705 maio/junho, 2001.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Glicemia e Índice Glicêmico

Exercício físico relacionado à alimentação vem sendo motivo de diversos estudos científicos. Além disso, as indagações têm sido cada vez mais frequentes por praticantes de academias quanto ao que deve ser ingerido antes e após o exercício. Com o intuito de esclarecer algumas dessas questões, o blog resolveu compartilhar o conhecimento adquirido, em ambiente acadêmico, com os amigos internautas.
A realização de exercício físico imediatamente após uma grande refeição não é uma ideia boa. Tontura e mal estar podem vir a ocorrer caso essa situação se reproduza. Isso ocorre porque, quando ingerimos muito alimento, os níveis de glicose sanguínea se elevam significativamente, caracterizando o que chamamos de hiperglicemia. Para que o corpo se estabilize, o hormônio insulina é secretado a fim de colocar a glicose excedente para dentro da célula. Entretanto, a realização do exercício requer que haja quantidade adequada de glicose no sangue para utilizar como fonte de energia. Aqui está instalada a confusão. Como usar a glicose para o exercício se ela está sendo colocada para dentro da célula? O que ocorre é que a pessoa não tem energia para a realização da tarefa e acaba passando mal, uma hipoglicemia de rebote.
É importante ressaltar que a resposta da glicose sanguínea se diferencia dependendo de uma série de fatores (abaixo relacionados), dentre os quais destacamos o índice glicêmico dos alimentos. Através dos anos têm-se categorizado os alimentos quanto ao seu índice glicêmico. Eles podem ser de alto, médio, baixo ou de índice glicêmico misto. Se comermos alimentos de alto índice glicêmico imediatamente antes de irmos para a academia, as chances de uma situação de hipoglicemia acontecer são bem reais. Por outro lado, se formos à academia em jejum o mesmo ocorrerá. O que fazer então? É nesse sentido que muitos estudos apontam para a ingestão de alimentos de baixo e médio índice glicêmico antes da realização do exercício. Seguindo essa orientação o glicogênio muscular e o hepático são restabelecidos, ou preservados, pela ingestão de uma dieta nutricionalmente adequada, auxiliando na manutenção dos níveis glicêmicos normais.
Percebe? o bom desempenho durante o exercício é garantido quando os níveis glicêmicos estão adequados. Observe o comportamento da glicêmia em um experimento realizado em sala de aula, após ingestão de alimentos com diferentes índices glicêmicos:

Sujeitos permaneceram oito horas em jejum

O alimento com alto índice glicêmico (AIG) ocasionou uma grande elevação na glicemia, seguido de uma diminuição brusca (hipoglicemia de rebote). Já os alimentos com médio (MIG) e baixo (BIG) índices glicêmicos tendem a se manter praticamente estáveis.
Cabe destacar que estudos tem sugerido uma alimentação pós-exercício a base de alimentos com variados índices glicêmicos (AIG especialmente). Isso permitirá que um ambiente anabólico seja criado e a recuperação ocorra o mais depressa possível.

Fatores que afetam o índice glicêmico:
- Velocidade de ingestão.
- Componentes do alimento e da refeição.
- Métodos de cozimento e processamento.
- Grau de amadurecimento.
- Quantidade de fibra,
- Tempo de esvaziamento gástrico.
- Hidrólise e absorção intestinal.
- Ser diabético ou não.

Uma das muitas tabelas de referência quanto ao IG dos alimentos

Glicosímetro


Verificando a glicêmia sanguínea

Alimentos utilizados

Referências:

D. E. Thomas, J. R. Brotherhood, J. C. Brand; Carbohydrate Feeding before Exercise: Effect of Glycemic Index; International Journal Sports Med 1991; 12(2): 180-186 DOI: 10.1055/s-2007-1024664.

G. C. Paula, C. B. M. João, EFEITO DE TRÊS AÇÕES DE “CAFÉ DA MANHÔ SOBRE A GLICOSE SANGÜÍNEA DURANTE UM EXERCÍCIO DE BAIXA INTENSIDADE REALIZADO EM ESTEIRA ROLANTE; Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano.



quinta-feira, 11 de abril de 2013



Aula prática 2: Coleta e manejo de material biológico e Biossegurança

Biossegurança
Antes de realizarmos qualquer atividade que envolva a coleta e o manejo de material biológico, é necessário termos conhecimento das práticas de biossegurança. A biossegurança é um conjunto de procedimentos que tem por objetivo eliminar ou minimizar os riscos inerentes durante o trabalho com a coleta e manejo de materiais biológicos. Dentre os procedimentos necessários para a segurança dos profissionais que trabalham com esse tipo de material estão:
·         Lavagem das mãos (bloqueio da transmissão de germes)
·         Cuidado com a manipulação de instrumentos e materiais – materiais sujos com sangue, fluidos corporais secreções e excreções devem ser manipulados de forma cuidadosa para prevenir a contaminação.
·         Cuidado com a manipulação e descarte de materiais cortantes e de punção (instrumentos pérfuro-cortantes) – o descarte desses materiais deve ser feito de forma adequada em caixas apropriadas para esse tipo de material.

·         Equipamento de proteção individual (EPI) – luvas (prevenção contra a contaminação), máscaras, óculos de proteção, jaleco (prevenção contra contaminação), calçado fechado.

Referências:
OPPERMANN, Carla Maria e PIRES, Lia Capsi. Manual de biossegurança para serviços de saúde – Porto Alegre: PMPA/SMS/CGVS, 2003.
UNESP. Manual de Biossegurança. Laboratório de hemoglobinas e genética das doenças hematológicas.

Aula prática no laboratório: Tipagem Sanguínea

Após a aula teórica, nos encaminhamos para o laboratório. Conforme as normas de biossegurança, estávamos vestindo jaleco, usando calçados fechados e usando luvas. Ao entrarmos no laboratório, fomos instruídos sobre o descarte dos materiais utilizados e também fomos apresentados à alguns equipamentos do laboratório, tais como: o banho-maria, o multianalisador, a centrífuga, a vidraria etc. Devido ao trabalho com material biológico, a temperatura do laboratório estava bem baixa.
Fizemos a coleta (colheita) de sangue para descobrirmos a tipagem sanguínea e o fator Rh.

Materiais utilizados:
- 3 Placas de vidro;









- 3 microtubos;









- 1 lanceta;











- reagentes A, B e Rh.












Procedimento:
1)     Com a lanceta, furar o dedo indicador para fazer a colheita do sangue;

2) Pingar uma gota de sangue em cada placa de vidro, devidamente identificada (A, B e Rh);


3)  Pingar uma gota de reagente sobre o sangue (reagente A na placa de vidro A, reagente B na placa de vidro B e reagente Rh na placa de vidro Rh);



4)  Com a ajuda do microtubo, misturar o sangue e o reagente;
5)   Esperar o resultado.


Análise dos Resultados:
Por meio dos reagentes, podemos definir o tipo sanguíneo do indivíduo.
O sangue tipo A se aglutina após o contato com o soro anti-A; o sangue tipo B se aglutina em contato com o soro anti-B; o sangue tipo AB se aglutina tanto com o soro anti-A quanto com o soro anti-B; o sangue tipo O não se aglutina.
O sangue com o fator Rh + se aglutina com a presença do soro anti-D.

Aprendizado sobre a aula prática:
Com essa aula prática, pudemos ver que, por mais simples que seja um procedimento laboratorial, é necessário extremo rigor nos procedimentos. Todo o processo deve ser muito bem organizado para que não tenhamos erros nos resultados. No caso da tipagem sanguínea, não podemos demorar na hora de pingar os reagentes, pois o sangue pode coagular rapidamente fora do corpo e alterar o resultado. 


quinta-feira, 4 de abril de 2013


Medidas Básicas:

Massa corporal (KG): Recomenda-se utilizar sempre a mesma balança.

Estatura (cm): Medir a estatura normalmente.

Altura Sentado (cm): Medir a estatura sentado e subtrair a altura do banco.

Dobras Cutâneas: Num primeiro momento são feitas as marcações dos pontos das medidas. A seguir devem ser aferidas as medidas uma vez e depois outra. Se alguma medida, na segunda vez que for feita, der mais de 10% de diferença em relação a mesma na primeira vez, deve ser mensurada mais uma vez.
Para minimizar erros deve-se evitar: Realização de exercício físico antes da medição e para mulheres não ser realizado durante o ciclo menstrual. De realizar sempre realizar a avaliação de um mesmo indivíduo num dia específico da semana e num mesmo horário.


Pontos para marcação das dobras cutâneas de acordo com o protocolo utilizado pela ISAK:

A orientação é que sejam marcadas e aferidas na seguinte ordem: Tríceps, subescapular, bíceps, ilíaca, supraespinhal, abdominal, coxa anterior e panturrilha medial. Pois é a sequência de dobras mais próximas e assim, entende-se que o processo é agilizado.
















TRICEPS: Deve ser marcada no ponto medial do acrômio e da fossa ulnar.
















SUBESCAPULAR: 2cm abaixo do ângulo inferior da escapula (parte externa). É uma dobra diagonal















BÍCEPS: Na mesma linha do tríceps, zona mais saliente do bíceps vendo lateralmente


















ILÍACA: 3cm acima do ponto mais lateral da crista ilíaca, no ponto em que cruza a linha axilar média. É uma dobra diagonal

















SUPRAESPINHAL: Entre o ponto de cruzaento da linha que parte da prega axilar até a espinha ilíaca superior e a linha da cicatriz umbilical até o ilíaco.  É uma dobra diagonal.



















ABDOMINAL: aproximadamente 5 cm da cicatriz umbilical.




















COXA: Ponto médio entre a linha inguinal e o bordo superior da patela.




















PANTURRILHA: Medialmente, no local de maior perímetro da panturrilha. (Deve ser feito com o joelho fletido em 90°.
























PERÍMETROS:



Cabeça















Tórax: na altura da 4ª costela com o processo xifóide. (leitura feita após expiração)














Cintura (porção mínima): menor porção da cintura
















Abdômen (porção máxima): região de maior volume do abdômen




Quadril (porção máxima): região de maior volume do glúteo


















Coxa Superor (1cm do glúteo): 1 cm abaixo do glúteo
















Coxa Média (porção medial): ponto médio da coxa (entre linha inguinal e bordo superior da patela)






Panturrilha (porção máxima): local de maior perímetro










Braço relaxado: Entre fossa ulnar e acromio.










Antebraço: local de maior perímetro




















DIAMETROS: devem ser aferidos com um paquímetro



























COMPRIMENTOS: