Avaliação da força Muscular
Muito se fala sobre fazer da testes de força muscular, mas por que isso é importante? E no que ela pode contribuir em
um treinamento? A principal importância de se realizar uma avaliação de força
muscular é para conhecer o aluno, determinando seu perfil físico e se possui
desequilíbrios musculares que podem resultar em lesões osteomioarticulares. É
necessário este teste de força ser especifico para o esporte ou atividade
física que o aluno queira praticar, pois cada movimento necessita de tipos de
forças diferentes. Após da avaliação da força muscular, é possível se
realizar uma periodização do treinamento de forma especifica para os objetivos
do aluno.
A avaliação da força muscular é
feita principalmente de duas formas, através do teste de uma repetição máxima (1RM)
ou então de um teste isocinético. Deve se usar sempre aquele que será o mais
especifico, pois existem vários fatores que podem influenciar no teste, sendo
algum deles:
·
Angulo articular;
·
Velocidade de contração muscular;
·
Tipo de contração muscular: Isométrica, Concêntrica
ou Excêntrica;
·
Especificidade muscular;
·
Tempo de contração;
O teste isocinético é realizado em um
aparelho de dinamometria, aonde é feito o teste com uma força de resistência constante
durante todo o movimento, assim como a velocidade de contração. Através deste
teste é possível se descobrir 6 variáveis, sendo elas:
·
Pico de torque;
·
Índice de fadiga;
·
Diferenças bilaterais
·
Razões funcionais/convencionais;
·
Trabalho total;
·
Ângulo do pico de torque;
Em aula realizamos o teste isocinético no Biodex aonde foram obtidos os seguintes resultados:
Teste Isométrico de Flexão e
extensão de joelhos
Ângulo
|
Extensão
|
Flexão
|
20°
|
115
|
192
|
60°
|
279
|
130
|
100°
|
198
|
45
|
O que se observa nestes
resultados são os ângulos ótimos para produção de força. Os extensores possuem
seu maior pico de torque(PT) em 60°, isso por que é neste ângulos que ocorre a
sobreposição total da actina e da miosina. Já nos flexores o maior PT é em 20°,
com os flexores alongados, isso ocorre por que essa musculatura tem uma característica
de possuir fibras longas e com isso, sua maior capacidade de produção de força
se da justamente nos momentos em que ela estiver alongada.
Teste de flexão e extensão de
joelhos concêntrico
Velocidade
|
Flexor
|
Extensor
|
120°/s
|
194
|
156
|
60°/s
|
164
|
249
|
Teste de Flexão e extensão de
joelhos excêntrico
Velocidade
|
Flexor
|
Extensor
|
60°/s
|
139
|
299
|
120°/s
|
150
|
300
|
A
partir destes dados podemos verificar as Razões musculares do aluno para descobrir
se ele está com sua musculatura equilibrada.
A mais
importante e que demonstraremos agora é a Razão Funcional, que se calcula através
da formula, Razão convencional = PT Antagonista concêntrico/ PT agonista concêntrico.
Razão
convencional = 139/ 249 = 0,55
O valor
ideal é ficar entre 0,9 e 1,2.
Com o
resultado deste teste verificou-se um grande desequilíbrio muscular, com os
extensores do joelho muito fortes e os flexores de joelho muito fraco, o que
pode acabar acarretando em uma série de lesões, sendo a principal delas o
rompimento de Ligamento cruzado anterior do joelho.
O índice
de fadiga encontrado através de um teste de 30 segundo de esforço máximo em
contrações concêntricas e excêntricas. O resultado encontrado foi de 48% de
fadiga para os extensores e de 37% para os flexores. Isso quer dizer que nos
extensores ele perde quase 50% de sua força do inicio ao fim da atividade.
| Aluno esperando para realizar o teste no BIODEX |
Curiosidades:
·
A grande diferença entre uma avaliação com peso
livre e uma com aparelho isocinético é a que com peso livre o torque vária
durante o movimento.
·
Quanto maior a velocidade menor a força
produzida na contração concêntrica, enquanto que na contração excêntrica quanto
maior a velocidade maior a força produzida.
·
A contração excêntrica é a que possuir maior
capacidade de produzir força, ficando em segundo lugar a contração isométrica e
em terceiro lugar a contração concêntrica.













